Brasil: Aspectos Físicos (textos de apoio)

O território brasileiro está localizado na América do Sul, apresenta extensão territorial de 8.514.876 Km2, é o quinto maior país do planeta, só é menor que os territórios da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, respectivamente.

É composto por 26 Estados e 1 Distrito Federal, divididos em 5 Regiões. As Regiões e os respectivos Estados integrantes são:

Região Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Região Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Região Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Região Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Sua área corresponde a, aproximadamente, 1,6% de toda a superfície do planeta, ocupando 5,6% das terras emersas do globo, 20,8% da área de toda a América e 48% da América do Sul. A sua grande extensão territorial proporciona ao país fronteira com quase todos os países sul-americanos, apenas Chile e Equador não fazem fronteira com o Brasil. Por esses aspectos, o Brasil é considerado um país com dimensões continentais.

A área que corresponde ao Brasil apresenta 4.319,4 Km de distância no sentido leste – oeste, os extremos são a Serra Contamana, a oeste, com longitude de 73°59’32”; e Ponta do Seixas, a leste, com longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte – sul apresentam 4.394,7 Km de distância e são compostos pelo Monte Caburaí, ao norte do território, com latitude 5°16’20”; e Arroio Chuí, ao sul, com latitude 33°45’03”.

O território brasileiro está localizado, em sua totalidade, a oeste do meridiano de Greenwich, portanto, sua área está localizada no hemisfério ocidental. A linha do Equador passa no extremo norte do Brasil, fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério setentrional e 93% localizados no hemisfério meridional.

CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO.

Aroldo de Azevedo - 1949.
- Planície: área que varia de 0 a 100 mts acima do nível do mar.
- Planalto: área acima de 200 mts.
Classificação baseada nas altitudes. Soma 4 planaltos e 3 planícies.

Aziz Ab’Saber - 1962.
Classificação baseada nos processos de acumulação e erosão definem as novas formas de relevo.
Planície: área onde o processo de sedimentação é maior que o de erosão.
Planalto: área onde o processo de erosão é maior que o de sedimentação.
Depressão: podendo, ser: relativa e absoluta.
Depressão relativa: área mais baixa que as áreas adjacentes.
Depressão absoluta: área abaixo do nível do mar.

Jurandyr Ross - 1990.
Esta classificação utiliza fotos do projeto RADAM Brasil. O critério para análise relaciona formas estruturais, mais modelado do relevo.
Planalto: superfície irregular com altitude acima de 200 metros, resultante da erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares. Forma predominante no país. O Planalto pode ter morros, serras, e elevações íngremes de topo plano ( chapadas).
Em sua maioria as unidades de planalto apresentam-se como formas residuais, ou seja, restos de antigas superfícies erodidas.
As unidades de planaltos são em número de 11 e abrangem a maior parte do território brasileiro. Os mais extensos planaltos são: Planalto da Amazônia Ocidental, Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba, e Planalto e Serras do Atlântico Leste e Sudeste.

Três Grandes Perfis Resumem, o Relevo Brasileiro.
Região Norte: sentido noroeste - sudeste: Planaltos Residuais Norte Amazônicos, depressão marginal Norte Amazônica, Planalto da Amazônia Oriental, Planície Amazônica, Planalto da Amazônia Oriental, Depressão marginal Sul Amazônica, Planaltos Residuais Sul Amazônicos.
Este corte tem cerca de 2000 km de comprimento. Vai das altíssimas serras do norte de Roraima, até o norte do Estado do mato Grosso.

Região Nordeste: sentido noroeste - sudeste: Rio Parnaíba, Planaltos e Chapadas da Bacia do Rio Parnaíba, Escarpa ( ex serra) do Ibiapaba, Depressão Sertaneja, Planalto da Borborema, Tabuleiros Litorâneos.
Este corte tem cerca de 1500 km de extensão. Vai do interior do maranhão até o litoral de Pernambuco. As regiões altas são cobertas por mata e as baixas por caatinga.

3. Regiões Centro Oeste e Sudeste: sentido noroeste - sudeste: Planície do pantanal Mato-grossense, Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná, Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná, Planaltos e Serras do Atlântico Leste- Sudeste.
Este corte tem cerca de 1500 km de comprimento indo do Estado do mato Grosso do Sul até o litoral de São Paulo.
Dentre os diversos tipos de clima e relevo existente no Brasil, observamos que os mesmos mantêm grandes relações, sejam elas de espaço, de vegetação, de solo entre outros. Caracterizando vários ambientes a longo de todo território nacional. Para entende-los, é necessário distinguir um dos outros. Pois a sua compreensão deve ser feita isoladamente. Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, faz uma classificação desses ambientes chamados de Domínios Morfoclimáticos. Este nome, morfoclimático, é devido às características morfológicas e climáticas encontradas nos diferentes domínios, que são 6 (seis) ao todo e mais as faixas de transição. Em cada um desses sistemas, são encontrados aspectos, histórias, culturas e economias divergentes, desenvolvendo singulares condições, como de conservação do ambiente natural e processos erosivos provocados pela ação antrópica. Nesse sentido, este texto vem explicar e exemplificar cada domínio morfoclimático, demonstrando sua localização, área, povoamento, condições bio-hidro-climáticas, preservação ambiental e economia local.


Regionalização do Brasil

Divisão regional de 1913
A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional.

1940
Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos Estados de Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.


Divisão regional de 1945
Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual Estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o Estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado.

1950
Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os Estados do Maranhão e do Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada, e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para o Centro-Oeste. Em 1962, o Acre se tornou Estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de Roraima.

1970
Em 1970 o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul.

Divisão regional atual - 1990
Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia se tornaram Estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.
http://www.brasilescola.com/brasil/divisao-regional-brasileira.htm

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